A Unasul está elaborando uma estratégia energética para ser adotada pelos países do continente, com o objetivo de promover a integração. De acordo com Francisco Romário Wojcicki, secretário-adjunto do MME, a iniciativa começou a ser desenvolvida em 2008, quando dentro do núcleo de energia da entidade foi criado um conselho de ministros de energia para discutir o assunto. Posteriormente, o conselho criou um grupo de especialistas composto por integrantes de todos os países. Segundo Wojcicki, a estratégia deve ser algo que esteja acima das alternâncias políticas dos países e tenha por objetivo definir a integração por normas e regras, além do plano de ação, dando destaque a energia que vai ser ofertada, ainda que não seja explorada. "Todas as fontes estão destacadas, como a hidroeletricidade, petróleo, gás, biocombustível e até nuclear”. Mas a elaboração desse processo de integração não será rápida. O secretário não promete o término do projeto para antes de 2017, pelo fato de não ser um acordo entre duas partes e sim um tratado que vai envolver países. (Agência CanalEnergia – 29.08.2012)
Quinta, 30 de agosto de 2012
Tratado energético da Unasul não deve sair antes de 2017, segundo MME
Excedente de Itaipu não será consumido no curto prazo pelo Paraguai, diz MME
O anúncio recente do governo paraguaio de querer suspender a venda de excedente de energia da usina de Itaipu não vai interferir no planejamento energético do Brasil. De acordo com Altino Ventura Filho, secretario de Desenvolvimento Energético do MME, o Paraguai não usará, no curto prazo, a energia que está sendo despachado para o Brasil. "O Paraguai não passará a consumir o montante a que tem direito no curto prazo. Não temos preocupação quanto a esse aspecto", afirma o executivo, que participou da abertura do seminário "Perspectivas da Comunidade Energética no Mundo e America Latina", no Rio de Janeiro. Ainda de acordo com Altino Ventura, no planejamento brasileiro, é levado em conta que o montante utilizado pelo Paraguai pode crescer e que é um pleito legítimo do país caso queira usar para o desenvolvimento de seu mercado interno. O secretário também acredita da intenção do governo paraguaio em levar empresas para o país, utilizando essa energia excedente, recordando que já existe esse projeto através do Mercosul. Mas, sinalizou que essa energia oferecida deve ser competitiva. (Agência CanalEnergia – 29.08.2012)
Embargo da UHE Simplício longe de um desfecho
Furnas continua tentando reverter o embargo da UHE Simplício na Justiça Federal e planeja levar o assunto ao Planalto para resolver a questão ainda esta ano, revela o presidente da empresa Flávio Decat. A companhia quer aproveitar a época de chuvas para começar o enchimento do reservatório. A planta recebeu licença de operação em março deste ano, mas logo em seguida decisão da 1ª Vara Federal de Três Rios impediu o fechamento das comportas, situação que se estende até hoje. Na decisão, o Judiciário afirmou que Furnas não cumpriu as condicionantes presentes na licença de instalação e pede que o Ibama apresente parecer técnico sobre o empreendimento. Para Decat, os impasses ambientais para a construção de hidrelétricas estão atingindo níveis que ultrapassam o razoável. Ele afirma que, se os impedimentos continuarem, empreendimentos térmicos terão mais chance de sair do papel do que usinas hidrelétricas. (EnergiaHoje – 29.08.2012)