A EPE prevê investimentos de R$ 1,097 trilhão no setor de energia brasileiro até 2021. Os dados constam da minuta do PDE 2021, colocada em consulta pública ontem (24). A EPE estima que o setor de energia elétrica será responsável por R$ 269 bilhões desse total, sendo R$ 213 bilhões em geração e R$ 56 bilhões em transmissão. A maior fatia deverá ficar, segundo a EPE, com o setor de petróleo e gás natural, com R$ 749 bilhões. A oferta de biocombustíveis líquidos deverá receber, até 2021, outros R$ 79 bilhões, sendo R$ 71 bilhões para as usinas produtoras de etanol, R$ 7 bilhões para a infraestrutura dutoviária e portuária e R$ 1 bilhão para as usinas de produção de biodiesel. A minuta traz ainda a estimativa de que a capacidade de geração elétrica crescerá 57% até 2021, passando de 116,5 gigawatts (GW), no ano passado, para 182,4 GW. Pela projeção da EPE, o incremento na geração será maior, de 34,9 GW, até 2016. Entre 2017 e 2021 serão outros 31 GW. Para ler a minuta do PDE 2021 em consulta pública na íntegra, clique aqui. (Valor Econômico – 25.09.2012)
Terça, 25 de setembro de 2012
PDE 2021: EPE prevê investimento de R$ 1 tri até 2021
PDE 2021: MME reduz estimativa de novas hidrelétricas até 2021
O governo reduziu o número de novas hidrelétricas que espera serem viabilizadas até 2021, mas elevou em mais de 1.000 a potência adicional prevista. Na versão preliminar do PDE 2011 - 2021 aparecem apenas 19 hidrelétricas, número inferior as 24 listadas no PDE 2010-2020. E além do número menor, a composição da lista também mudou, apenas 10 nomes se repetem. O MME tirou da lista algumas das usinas do Complexo Tapajós, particularmente aquelas a serem construídas no rio Jamanxim. Também optou por excluir diversas das usinas previstas para serem construídas no Rio Parnaíba - algumas delas de baixa potência (inferior a 100 MW) e já ofertadas em leilões governamentais e para as quais não houve interessados. Por outro lado, incluiu, para viabilidade em 2021, duas grandes usinas do Complexo do Rio Juruena: a usina São Simão Alto e a Salto Augusto Baixo, que juntas terão quase 5 mil MW de capacidade. (Estado de S. Paulo – 24.09.2012)
Estados pedem tempo para discutir MP de energia, diz José Aníbal
O secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal, quer que o governo federal amplie os prazos e discuta com os Estados alguns aspectos da MP 579, que regulamenta a prorrogação das concessões do setor elétrico. “Precisamos estudar melhor. Todo mundo quer mais tempo”, disse Aníbal, antes do início da reunião do Fórum Nacional de Secretários de Estado para Assuntos de Energia. Segundo Aníbal, o fórum deve designar um grupo de trabalho para avaliar as decisões incluídas na MP. Esse grupo deve intermediar o diálogo dos Estados com o governo federal, bem como com a Aneel, o MME e a Câmara. A redução dos preços da energia é necessária, disse Aníbal. Mas isso tem de ser feito “sem jogar contra o contribuinte paulista”, afirmou o secretário. Entre os pontos que o Estado de São Paulo quer discutir com as autoridades em Brasília estão a remuneração dos ativos da Cesp e os critério de despesas O&M. “O que é isso? Como a empresa será remunerada por isso?”, questiona Aníbal. (Valor Online – 24.09.2012)