O BC afirmou que o recuo da projeção de inflação para 2013 deve-se, em grande parte, à redução estimada nas tarifas de energia elétrica, de acordo com o Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quinta-feira. A autoridade monetária disse ainda que, no cenário de referência, a elevação da projeção de inflação para 2012 reflete taxas maiores do que as contempladas nas projeções constantes no último relatório em meses recentes. Ainda segundo o BC, as trajetórias das projeções de inflação para este ano, no cenário de referência e no de mercado, são semelhantes, apesar de nesses cenários serem consideradas diferentes trajetórias para a taxa Selic. Isso ocorre, em parte, devido à defasagem no efeito de mudanças na taxa de juros sobre a inflação. Já as trajetórias das projeções tendem a se afastar a partir do primeiro trimestre de 2013, mas esse movimento é amortecido, segundo o BC, pela apreciação cambial esperada para o início do horizonte de projeção no cenário de mercado. (Estado de S. Paulo – 27.09.2012)
Sexta, 28 de setembro de 2012
Recuo de estimativa de inflação em 2013 deve-se à redução da tarifa de energia
Quinta, 13 de setembro de 2012
Tombini diz que relatório de inflação incluirá energia
O presidente do BC, Alexandre Tombini, disse em audiência pública na CAE do Senado que as medidas de redução de custos de energia serão levadas em conta nas projeções para a inflação da autoridade monetária. "A medida tem impacto direto na conta do consumidor. O Peso no IPCA não é desprezível, é importante, é significativo", frisou. Ele disse também que o documento trará previsões para 2014. Tombini previu ainda que a convergência da inflação ao centro da meta continuará de forma não linear. Ele reforçou a avaliação de que o cenário internacional apresenta viés inflacionário no curto prazo, porém, desinflacionário no médio prazo. As medidas anunciadas pelo governo, diz ele, devem contribuir para reduzir custos de produção e, assim, conter pressões de preços no médio prazo. Segundo ele, as medidas e reformas adotadas pelo governo para aumentar produtividade e competitividade irão incentivar os investimentos, contribuindo para um crescimento mais vigoroso e sustentável nos próximos anos. (Estado de S. Paulo – 12.09.2012)
Medidas de estímulo ainda surtirão efeito, aponta Tombini
O presidente do BC, Alexandre Tombini, que os "impulsos já contratados" apresentarão impacto na economia real com defasagem. Entre eles, citou a redução da Selic, a melhora das condições de liquidez do sistema financeiro, melhores condições de financiamento para famílias e empresas e incentivos fiscais e tributários. "Esses impulsos vão ter mais efeitos ao longo deste semestre e em 2013", previu. Tombini destacou que o crédito continua em expansão, porém mais moderada. "Há melhoria das condições de financiamento. Temos uma redução do pico e temos melhora significativa nas taxas cobradas", disse. "Depois de algum tempo, diga-se de passagem, as taxas não refletiam taxa Selic menor, mas depois as taxas tiveram impulso para baixo bastante forte e recentemente caíram mais forte do que a taxa básica da economia. Isso é melhor financiamento", resumiu. Segundo o presidente do BC, o crescimento do varejo revela que a economia brasileira está reagindo e, em particular, reagindo às medidas que foram tomadas nesse período pelo governo. (Estado de S. Paulo – 12.09.2012)