O presidente do BC, Alexandre Tombini, disse nesta quarta-feira que o impacto da redução dos custos de energia elétrica, que entrará em vigor no próximo ano, será "significativo" para a inflação. O presidente da autoridade monetária, no entanto, não quis adiantar qual será este impacto. Ele disse apenas que a previsão fará parte do relatório de inflação que será divulgado no fim de setembro. O governo anunciou na terça-feira a redução das tarifas de energia elétrica entre 16,2 e 28 por cento, no próximo ano. (Estado de S. Paulo – 12.09.2012)
Quinta, 13 de setembro de 2012
Tombini: custo menor de energia terá impacto 'significativo' na inflação
Anfavea: custo industrial cairá com energia mais barata
As montadoras comemoraram o corte de até 28% no preço da tarifa de energia elétrica para a indústria a partir do ano que vem e disseram que a medida anunciada pela presidente Dilma Roussef é um "importante passo para a adoção de efetiva política de redução dos custos industriais no País". De acordo com nota divulgada pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o corte na tarifa vai aumentar a competitividade da produção brasileira de veículos. A Anfavea afirma que, atualmente, o custo da energia elétrica para a indústria na Europa é, em média, 40% menor do que no Brasil. Enquanto as montadoras brasileiras gastam 0,10 euro por kWh, no continente europeu o custo é de 0,06 euro/kWh. No México, o preço é de 0,05 euro/kWh e na Argentina, de 0,04 euro/kWh. Os dados são da consultoria PricewaterhouseCoopers. (Estado de S. Paulo – 12.09.2012)
Terça, 11 de setembro de 2012
Peso da energia no custo industrial chega a 15% para bens intermediários
O corte de até 28% da tarifa de energia elétrica para a indústria deve representar uma redução de custo importante para o segmento, principalmente em setores intermediários. Na média, as despesas com energia elétrica e combustíveis representaram 2,8% dos custos das empresas industriais com cinco ou mais pessoas ocupadas, segundo a versão mais recente da PIA, de 2010, preparada anualmente pelo IBGE. O peso, no entanto, é bem mais relevante para setores intensivos no uso desse insumo. Na produção de cimento, por exemplo, as despesas com energia elétrica representam cerca de 12% do custo total, de acordo com o IBGE. Na fabricação de outros materiais importantes para a construção civil, como vidros e produtos cerâmicos, a proporção é de 10,8% e 15,2%, respectivamente. Se repassada, ainda que parcialmente, aos produtos finais, o corte no custo da tarifa de energia elétrica deve produzir efeitos positivos sobre a inflação, com impactos indiretos ao longo da cadeia. (Valor Econômico – 11.09.2012)