Apesar da crítica situação financeira, o Grupo Rede Energia atraiu os olhares de empresas interessadas em crescer em distribuição de energia. Apesar das perdas de receita com o terceiro ciclo de revisão tarifária e a insegurança do mercado sobre a intervenção do governo em empresas de distribuição, regulamentada com a MP 577, o segmento de distribuição de energia continua sendo interessante, segundo analistas. O coordenador do Gesel/UFRJ, Nivalde de Castro, informa que a Aneel criou uma metodologia no terceiro ciclo que impõe restrições para quem não é eficiente. Apesar de CPFL e Equatorial terem saído na frente no processo de compra do Grupo Rede, o surgimento do interesse de Copel e Energisa é positivo para o cenário de fusões e aquisições em distribuição no país, segundo Castro, do Gesel. O professor acrescenta: “na nossa avaliação, a próxima oportunidade vai ser nas distribuidoras da Eletrobras por mais que o prejuízo esteja diminuindo”. Outras candidatas a liderar a consolidação no segmento de distribuição de energia são Cemig e Neoenergia, segundo Castro. (Estado de S. Paulo – 24.10.2012)
Quinta, 25 de outubro de 2012
GESEL: interesse no Grupo Rede é positivo para o cenário de fusões e aquisições
MME: seca não altera plano de redução de tarifas de energia, diz secretário
O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Altino Ventura, afirmou que a forte seca que atinge o Brasil neste ano, com reflexos de aumento de custos da energia para o próximo ano, não irá prejudicar o objetivo do governo de reduzir as tarifas a partir da MP 579. De acordo com Ventura, o pacote de redução de tarifas é uma questão estrutural, que deverá atingir os objetivos a partir da diminuição de encargos e da renovação das concessões. O período seco deste ano, que termina em novembro, foi mais forte do que nos últimos anos e tem levado à necessidade da geração de energia a partir de termelétricas a gás natural e também a óleo, cujo combustível para a operação é mais caro. Dessa forma, o custo para o consumidor acaba sendo elevado. Segundo Ventura, essa elevação dos custos “é pequena em relação a outros custos do setor elétrico”. O secretário destacou ainda que o cronograma da MP 579 será cumprido. (Valor Online – 24.10.2012)
Aneel volta a estimar em R$ 20 bi indenizações para o setor elétrico e garante desconto acima de 20%
O diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, reiterou nesta quarta-feira que o total da amortização que o governo pagará às empresas de transmissão e geração pela antecipação da renovação das concessões ficará em torno de R$ 20 bilhões. A proposta será encaminhada até sexta-feira ao MME. Segundo Hubner, que falou durante o 20º Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica, promovido pelo Instituto Abradee da Energia, no Rio, o governo poderá pagar a indenização de uma vez, com recursos do Tesouro, ou negociar com as empresas o parcelamento dos R$ 20 bilhões. Para o diretor-geral da Aneel, a queda média no preço da energia elétrica, por conta da renovação de concessões que vencem a partir de 2015, pode ser superior a 20%. “Há empresas que vão dar um desconto na tarifa acima de 20%. Como boa parte das térmicas do leilão de 2007 vai desaparecer, o custo das distribuidoras vai diminuir.” (Valor Online – 24.10.2012)