O presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, disse que a estatal poderá receber uma indenização extra entre R$ 3 bi e R$ 4 bi por conta de indenizações atreladas às suas hidrelétricas. Até ontem, o diretor financeiro e de relações com investidores da estatal, Armando Casado, havia dito que a companhia ainda desconhecia o montante a que teria direito, mas que se tratava de um "valor significativo". Após o governo abrir a guarda e anunciar que pagaria por bens de transmissão adquiridos pelas empresas antes de maio de 2000, a estatal passou a contar com a possibilidade de obter mais um aporte de até R$ 11 bi. Isso significa que, com a nova rodada de pagamentos prometida aos contratos de geração, o valor contábil de indenizações poderá se aproximar da casa dos R$ 30 bi. A estatal vai procurar cortar tudo o que for "supérfluo" e tornará as operações mais informatizadas, com o propósito de reduzir custos. (Valor Econômico – 05.12.2012)
Quarta, 5 de dezembro de 2012
Mudanças nas regras podem garantir até R$ 30 bilhões para Eletrobras
Governo quer licitar usina da Cesp em 2013
O governo fez questão de se mostrar pronto para fazer a sua primeira intervenção entre as companhias que não aderiram à proposta de renovação das concessões. No primeiro lugar da fila está a usina paulista de Três Irmãos. Segundo o secretário-executivo de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, a partir de janeiro o governo tomará as primeiras medidas para leiloar a hidrelétrica. Pelas regras previstas, a hidrelétrica será repassada para a empresa que oferecer a menor tarifa possível de remuneração para bancar custos de operação e manutenção e sua fatia de lucro. Apesar de o governo dar como certa a tomada de Três Irmãos para ser leiloada, a Cesp promete endurecer o jogo. Segundo o secretário de energia do Estado de São Paulo, José Aníbal, a companhia não vai abrir mão da usina e pretende ir à Justiça para que o empreendimento tenha seu contrato renovado com a Cesp. (Valor Econômico – 05.12.2012)
Cemig pode rever decisão se usinas forem renovadas sob regras atuais
A decisão tomada hoje pelo conselho de administração da Cemig de não aderir com seus ativos de geração às novas regras do setor elétrico poderá ser revertida somente se o governo federal ceder num ponto que se tornou central para a empresa. A Cemig quer que três de suas usinas tenham os contratos de concessão renovados sob as regras atuais, algo que Brasília tem negado até agora. Na direção da companhia, que é controlada pelo governo de Minas, a avaliação é que depende agora do governo federal. O prazo estipulado pelo governo federal para que as elétricas digam se aceitam as novas regras se encerra nesta terça-feira. O novo modelo de contratos, definido pela MP 579, permitiria um corte nas tarifas de energia de até 20%, segundo os planos do governo. O corte levará a uma redução da receita das empresas do setor elétrico, mas como contrapartida o governo ofereceu renovar antecipadamente contratos de concessão que vencem em dois anos. (Valor Online – 05.12.2012)