Inconformados com a decisão da AGE da Eletrobras acionistas minoritários da estatal já se articulam para mover ações contra a empresa, tanto na esfera administrativa quanto na Justiça. Um primeiro movimento neste sentido aconteceu durante a tumultuada reunião de acionistas. Representante de cinco investidores a advogada Anna Luiza Duarte Maiello, solicitou a deliberação da propositura de uma ação de responsabilidade contra os administradores da Eletrobras. De acordo com a ata da reunião, o pedido foi negado por não estar previsto na ordem do dia. Anna Luiza afirmou que seus clientes seguem com o objetivo de buscar seus direitos junto às esferas competentes. A advogada afirmou que já teria sido procurada por outros acionistas que também estão dispostos a processar a companhia estatal. A AMEC confirma este movimento descrito por Anna Luiza. “Como associação não podemos fazer esta representação, mas achamos legítimo e apoiamos que nossos associados busquem seus direitos. Houve muito abuso na condução de todo esse processo e uma empresa de economia mista foi condenada à falência por conta da vontade de seu controlador [Governo Federal]”, disse o presidente da associação, Mauro Rodrigues da Cunha. (Jornal da Energia – 06.12.2012)
Sexta, 7 de dezembro de 2012
Minoritários se articulam para processar Eletrobras por renovar concessões
BlackRock reduz participação na Eletrobras
A BlackRock reduziu participação na Eletrobras para cerca de 4,95 por cento das ações preferenciais classe B, informou o grupo de energia elétrica nesta quinta-feira, citando comunicado da gestora de fundos. A BlackRock em 30 de novembro detinha 12.864.937 ações preferenciais classe B e 290.643 recibos de ações nos Estados Unidos (ADRs). Em agosto, a gestora havia informado que após aquisições de papéis detinha participação de 5,04 por cento nas ações PNB da Eletrobras. (Reuters - 06.12.2012)
Redução no caixa nas empresas do SE deve impulsionar a eficiência
Os impactos da MP 579 deverão redefinir o setor elétrico nos próximos cinco anos. Automação poderá ganhar mais espaço nas usinas hidrelétricas, o que pode abrir um grande mercado para empresas de tecnologia de informação, um mercado que, sozinho, pode movimentar US$ 30 bi na década. Na área de geração, os preços das concessões vincendas deverá cair de cerca de R$ 90 o MWh para cerca de R$ 30 MWh. Com menos caixa, as empresas terão de ir atrás de novas formas de financiar seus projetos. Paulo Godoy, presidente da Abdib avalia que, com a perda de boa parte da geração de caixa com remuneração mais baixa pelos ativos, as empresas poderão recorrer a recursos de "terceiros", como bancos e lançamento de debêntures. O governo tem estimulado o lançamento de debêntures voltadas a grandes projetos de infraestrutura, que reduziu para 0% e 15% o IR devido, respectivamente, por pessoas físicas e jurídicas sobre rendimentos de debêntures de longo prazo. Investidores estrangeiros que adquirem os papéis não pagam IOF. Outro possível impacto oriundo da MP 579 é reforçar o apetite das empresas por aquisições de ativos no mercado. (Valor Econômico – 07.12.2012)