A presidente Dilma Rousseff gravou um pronunciamento que será veiculado na quarta-feira (23) em cadeia nacional de rádio e televisão reiterando a determinação do governo em reduzir o preço da energia elétrica. O pronunciamento é uma resposta da presidente às insinuações vindas de várias áreas de que a promessa de reduzir a conta de luz 16%, em média, para os consumidores residenciais e em 20% para a indústria não será cumprida pelo governo. O pronunciamento irá ao ar às 20h30. (Estado de S. Paulo – 22.01.2013)
Quarta, 23 de janeiro de 2013
Dilma irá à TV para assegurar redução da conta de luz
Risco de seca vai passar a pesar na conta de luz do consumidor
Apesar de ter as tarifas reduzidas a partir do mês que vem, com a prorrogação dos contratos de concessão, o consumidor terá de arcar com um novo custo na conta de luz: o "risco hidrológico". O termo técnico indica um gasto extra que ocorre principalmente em épocas de seca, quando a produção das hidrelétricas diminui e a empresa é obrigada a comprar energia no mercado livre para honrar seus compromissos com os clientes. Nos contratos antigos, as elétricas tinham uma remuneração maior pelo serviço prestado. Por isso, ficava a cargo delas arcar com o custo da compra de energia se houvesse dificuldade para cumprir os compromissos. A mudança passará a valer a partir do dia 5/2, quando ocorre a revisão tarifária extraordinária das distribuidoras. Se houver necessidade de ampliação da estrutura ou qualquer novo investimento, o consumidor também terá que bancá-lo. Ainda não existe um cálculo estimado sobre o impacto do risco hidrológico ou dos futuros investimentos das elétricas sobre as tarifas. O consumidor irá descobrir o valor do reajuste anualmente, nas revisões tarifárias. (Folha de São Paulo – 23.01.2013)
Com foco em logística, BNDES desacelera investimentos em energia
Os investimentos do BNDES em energia devem desacelerar nos próximos anos, na comparação com 2012, em meio ao direcionamento do foco do banco para o programa de concessões do governo nos setores de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, saneamento e habitação popular. A estimativa do banco é aumentar em 5,5% ao ano os investimentos em energia elétrica, óleo e gás entre 2013 e 2016, ante o crescimento anual previsto de 22,3% no pacote de concessões. Em 2012, os desembolsos para o setor de energia elétrica atingiram cerca de R$ 18 bilhões, alta de 19% em relação ao ano passado. Na indústria química e petroquímica, o montante chegou a R$ 7 bilhões, representando um crescimento de 18%. De acordo com o BNDES, os investimentos nos setores de óleo e gás e energia elétrica devem acompanhar a expansão da massa salarial, o mercado internacional e a estratégia das estatais. (EnergiaHoje – 22.01.2013)