A redução na conta de energia elétrica acima do previsto, anunciada na quarta-feira pela presidente Dilma Rousseff, surpreendeu positivamente representantes do setor elétrico e, segundo eles, mantêm o sistema elétrico nacional atrativo a investimentos sem colocar em risco a sua integridade. "Foi muito positivo e surpreendente... uma demonstração de reduzir a tarifa de energia do Brasil e tornar a economia brasileira mais competitiva e aumentar o poder aquisitivo do país", disse o diretor do GESEL/UFRJ, Nivalde de Castro, a jornalistas, antes de evento, nesta quinta-feira. "Avaliamos e concluímos que essa redução não afeta em nada a capacidade de investimento para a expansão do setor. As medidas centram em contratos vencidos e os novos contratos tem segurança jurídica grande. Ainda há competitividade e atratividade", adicionou Castro. “Os leilões de 2012, mesmo que ainda muito pontualmente, já sinalizam essa tendência de que não vai haver impacto negativo sobre a expansão do setor.” (Estado de S. Paulo e Agência Brasil – 24.01.2013)
Sexta, 25 de janeiro de 2013
GESEL: redução na conta de energia surpreende positivamente
GESEL defende aporte do Tesouro para reduzir contas de luz
O professor da UFRJ e diretor do GESEL, Nivalde de Castro, afirmou nesta quinta-feira que as críticas feitas à decisão do Governo Federal de utilizar recursos do Tesouro Nacional para tornar possível a redução das tarifas de energia são infundadas. Segundo Nivalde, a determinação não é prejudicial ao país. A previsão de aporte anual que será feito pela União para garantir o corte nas tarifas de energia elétrica a partir deste ano foi elevado de R$ 3,3 bilhões para R$ 8,4 bilhões. Nivalde de Castro disse que o pronunciamento da presidente o pegou de surpresa e defendeu o uso dos recursos do Tesouro para tornar possível a redução ainda maior das tarifas. “As críticas que têm sido feitas [quanto à utilização dos recursos do Tesouro] são infundadas, porque na realidade você não está aumentando os impostos", disse Castro. "Você já tem uma arrecadação tributária e o que o governo está decidindo é onde ele aloca parte dessa receita tributária que ele tem, com a grande vantagem que você já tem os impostos que estão sendo cobrados e eu estou alocando para reduzir a tarifa”, disse Castro, destacando que a utilização do Tesouro terá “um efeito anti-inflacionário positivo”. (Valor Econômico – 24.01.2013)
GESEL: contratos de energia devem ter outro indexador
Especialistas do setor elétrico defenderam nesta quinta-feira mudanças no indexador de contratos de geração e transmissão de energia elétrica. O professor da UFRJ e diretor do GESEL, Nivalde de Castro, afirmou que a indexação a partir do IPCA, como é feita hoje, provoca “inércia inflacionária”. Castro destacou que a medida poderia trazer efeito muito importante de redução das tarifas de energia e deverá entrar na pauta do governo federal em breve. Segundo ele, o IPCA não tem um perfil adequado para indexar esses contratos. "É preciso algo mais aderente à estrutura de custos das empresas e empreendimentos", afirmou Castro. A alternativa, segundo Castro, poderia ser a utilização da indexação à Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). “Privilegiando o comportamento da TJLP certamente no longo prazo haverá uma redução do crescimento do valor da tarifa”, disse Castro, que participou de evento sobre energia no Rio de Janeiro. “Hoje o IPCA abre uma boca de jacaré em relação à estrutura de custo efetiva do empreendimento, o que faz com que os empreendedores sejam, entre aspas, sócios da inflação”, disse Castro, explicando que da forma como está os empresários torcem para a inflação subir. (Valor Econômico e Estado de S. Paulo – 24.01.2013)