As preocupações com as condições de oferta de energia elétrica nos próximos meses entraram no radar dos economistas, que começam a tentar embutir o risco em seus cenários para 2013. Uma das variáveis que podem ser afetadas é a inflação. Diante da redução dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, o governo há alguns meses teve de acionar as termelétricas para garantir o abastecimento com segurança. A intenção era desligá-las no fim de 2012, o que, no entanto, ainda não ocorreu, visto que as chuvas não vieram a contento. O problema é que a energia gerada por essas centrais é cara. Para o economista-chefe do banco WestLB, Luciano Rostagno, a conjuntura complicada na área elétrica pode comprometer ainda mais a inflação em 2013 - que, diga-se de passagem, já tem várias pressões encomendadas. "Os IGPs fecharam 2012 acima das taxas de 2011. Tem também a volta do IPI, o setor de serviços e o dólar, embora neste caso o Banco Central tenha atuado e trazido a cotação para o nível que oscilou há alguns meses." (Estado de S. Paulo – 09.01.2013)