Blog do GESEL- Grupo de Estudos do Setor Elétrico - UFRJ

O custo da energia elétrica tem mais peso na produção industrial do que o custo da gasolina, afirmou hoje o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon), da Fiesp, Paulo Francini. "Esse reajuste (do preço da gasolina) já era esperado e ocorreria independentemente do que aconteceu com a energia (redução da tarifa). Mas se você me perguntar o que é mais importante para a indústria, se é o custo da energia ou da gasolina, eu diria que claramente é o custo da energia", disse o economista, ao ser questionado sobre a relação entre o corte no preço da energia e o reajuste dos combustíveis. Para Francini, a redução da tarifa de energia, anunciada pela presidente Dilma Rousseff, e o reajuste no valor cobrado pelos combustíveis nas refinarias, autorizado pelo governo federal a partir da última terça-feira (29), não são medidas que se relacionam. "Eu não faria a junção dos dois assuntos. Me parece que o aumento da Petrobras era absolutamente necessário", afirmou. (Estado de S. Paulo – 31.01.2013)

A Aneel decidiu pela celebração de Acordo de Cooperação Técnica com o BNDES e a Financiadora de Estudos e Projetos. O acordo visa o desenvolvimento de atividades conjuntas de apoio à Inovação Tecnológica no Setor Elétrico – Plano Inova Energia. O acordo será operacionalizado mediante Edital de Seleção Pública entre as três instituições, pela qual serão selecionados Planos de Negócio de empresas brasileiras que abordem projetos de inovação referentes às Redes Elétricas Inteligentes, à Geração de Energia por meio de Fontes Alternativas e a Veículos Híbridos e Eficiência Energética Veicular. Dentre os objetivos do plano está o apoio ao desenvolvimento e difusão de dispositivos eletrônicos, soluções integradas e padrões para  a implementação das redes elétricas inteligentes no Brasil, o auxilio a empresas nacionais no desenvolvimento e domínio tecnológico das cadeias produtivas de energias renováveis alternativas, o apoio a iniciativas que promovam o desenvolvimento tecnológico na produção de veículos elétricos e híbridos a etanol e o aprimoramento da integração dos instrumentos de apoio financeiro disponíveis. (Agência CanalEnergia – 31.01.2013)

O MPF/PA informou hoje que denunciou à Justiça Federal um novo descumprimento do acordo firmado entre a Norte Energia, empresa responsável pela usina de Belo Monte, no rio Xingu (PA), e os índios da região. O acordo havia sido assinado com os índios que ocuparam os canteiros de obras de usina no ano passado com o intuito de reivindicar o cumprimento de compensações socioambientais, previstas na licença ambiental do projeto. O MPF/PA relata, em nota, que os índios aceitaram sair dos canteiros de obras depois que a empresa assinou acordo em audiência de conciliação ordenada pela Justiça, em outubro de 2012. De acordo com a denúncia, a Norte Energia se valeu do acordo para “ganhar tempo” para cumprir uma série de exigências que já estavam atrasadas. “Até dezembro de 2012, a Norte Energia deveria ter entregado sete unidades de proteção territorial nas áreas indígenas. Até novembro de 2012 deveria ter iniciado o programa de atividades produtivas, para gerar renda para as comunidades e recebido as lideranças indígenas em visitas aos canteiros de obras. Todos os prazos acabaram mais uma vez e pontos essenciais do acordo foram descumpridos”, informou o MPF/PA, em nota. (Valor Online – 31.01.2013)