Deverão ser contratados na iniciativa privada R$ 148 bilhões em projetos na área de energia entre este ano e 2017, com destaque para uma linha de transmissão de 2,5 mil km que interligará a UHE de Belo Monte com o sistema nacional e para a licitação da usina hidrelétrica de São Luiz dos Tapajós, no rio Tapajós, no Pará. A expectativa é de que o leilão da linha de corrente contínua de 800 kV, tecnologia inédita no Brasil e que irá aumentar a capacidade de escoamento de energia elétrica entre as regiões Norte e Sudeste, seja realizado no segundo semestre. Já a usina de São Luiz dos Tapajós, com 6.133 MW de potência e um dos projetos no Complexo de Tapajós, deverá ter seu leilão realizado no início de 2014. "Estamos ainda estudando o leilão da usina Três Irmãos, da Cesp, que não renovou sua concessão, e um leilão de energia para daqui a três anos, com foco nas eólicas e em biomassa", diz Mauricio Tolmasquim, presidente da EPE. "Entre este ano e 2017, iremos licitar R$ 148 bilhões em projetos, dos quais R$ 120 bilhões se referem a projetos de geração de energia elétrica, com prioridade para fontes renováveis", afirmou Tolmasquim durante o fórum Infraestrutura e Energia no Brasil: Projetos, Financiamentos e Oportunidades, apoiado pelo Valor e BTG Pactual. (Valor Econômico – 06.02.2013)
Quarta, 6 de fevereiro de 2013
Energia elétrica receberá R$ 148 bi em cinco anos
Governo investirá em hidrelétricas e usinas eólicas
O presidente da EPE Maurício Tolmasquim apresentou, ano a ano, uma série de projetos de empreendimentos hidrelétricos que estão nos planos do governo para os próximos quatro anos: São Manuel (700MW), em 2013; São Luiz Tapajós (6.133 MW), em 2014; Jatobá (2.336MW), em 2015; Bem Querer (708,4MW ) e São Simão do Alto (3.509 MW), em 2016. Ainda segundo a EPE, a UHE Sinop (400MW) deve ganhar um leilão específico ainda neste semestre. Em relação às outras fontes renováveis, para os próximos cinco anos, o governo pretende contratar outros 5.000 MW eólicos, além de mais 3.160 MW de biomassa. Em termelétricas à gás estão estimados 1.500 MW – capacidade que pode ser aumentada, caso haja descoberta de gás. Tolmasquim participou do encontro Infraestrutura e Energia no Brasil: Projetos, financiamentos e oportunidades, do jornal Valor Econômico. (Jornal da Energia – 05.02.2013)
Mantega: Tarifa de energia elétrica brasileira deve ficar abaixo da média mundial
O ministro da Fazenda Guido Mantega afirmou na manhã desta terça-feira (05/02) que a redução na conta de energia elétrica, colocada em prática pelo Governo Federal desde o final do mês passado, fará com que o Brasil desocupe o seu posto entre os países com a tarifa mais cara mundo e passe a figurar entre os que estão abaixo da média mundial. Mantega também afirmou que a redução na conta, de até 18% para o consumidor residencial, representará uma economia de R$ 9 bilhões para as famílias do país. “Com esse dinheiro elas poderão ir às compras, investir”, disse após reforçar que a medida deve estimular o consumo. O ministro ressaltou que o governo vem se esforçando para desonerar a economia do país, com o que qualificou como uma verdadeira “campanha de redução dos tributos, que deve chegar a 1% do PIB”, afirmou Mantega, que incluiu o setor de infraestrutura como um dos que será beneficiado pelo “empenho pela desoneração”. (Jornal da Energia – 05.02.2013)