O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, garantiu nesta sexta-feira que o governo encontrará uma alternativa para ajudar as empresas de distribuição de energia elétrica, que passam por dificuldades financeiras devido ao uso mais intenso de eletricidade das usinas térmicas, que é mais cara. Na quinta-feira (21), executivos do setor estiveram em Brasília para se reunir com autoridades a fim de encontrar uma solução que evite um reajuste extraordinário nas tarifas cobradas dos consumidores. "As empresas de distribuição serão assistidas. Encontraremos uma solução para o caso até segunda-feira (25)", disse Lobão. Entre as alternativas que vêm sendo debatidas pelos empresários com a Aneel, estão a liberação de uma linha de crédito para o segmento, o uso de fundos setoriais e até mesmo a antecipação do regime de bandeiras tarifárias, que deve entrar em vigor apenas em 2014. (O Estado de S. Paulo – 22.02.2013)
Segunda, 25 de fevereiro de 2013
Lobão diz que distribuidoras em dificuldade terão ajuda
Tesouro pode bancar custo das térmicas
O TN poderá cobrir o impacto financeiro do custo adicional da energia das termoelétricas, garantindo que essas despesas não cheguem às tarifas dos consumidores e à inflação, afirmaram duas fontes do governo a par do assunto. O uso do Tesouro também anularia o comprometimento do fluxo de caixa das distribuidoras de energia, que pagam pela geração termoelétrica e são ressarcidas apenas depois, na ocasião do reajuste anual tarifário. A Abradee estima que a conta pelo uso das térmicas de outubro passado a janeiro deste ano já totalizou cerca de R$ 4 bi - sendo R$ 1,5 bi apenas no mês passado. Segundo uma das fontes, o custo das térmicas será pago com recursos da CDE. O Tesouro pode ter de emitir títulos da dívida pública para injetar na CDE. A opção por utilizar recursos públicos ocorre num momento em que a escalada dos preços preocupa. (O Estado de S. Paulo – 24.02.2013)
Geradores estão preocupados com custos extras para cobrir risco hidrológico
As empresas geradoras estão preocupadas com o impacto financeiro com compra de energia no mercado de curto prazo e já falam em pedir ajuda ao Governo Federal e ao BNDES. Embora os números ainda sejam preliminares, a estimativa é de que as companhias tenham que desembolsar R$4 bi para pagar o chamado "risco hidrológico", relativo às liquidações de janeiro. Porém, uma exposição alta das geradoras somada a um PLD alto resulta em impactos no fluxo de caixa das empresas. "A gente entende que essa é a regra do jogo e não contestamos. Agora, logicamente, algumas geradoras podem ter problemas com fluxo de caixa", pontuou Luiz Fernando Vianna, presidente da Apine. Em busca de uma solução, Vianna disse que solicitou nesta quinta-feira (21/02) uma reunião com representantes do MME. "Ainda não tivemos resposta". Ele também planeja recorrer ao BNDES. "A ideia é verificar a possibilidade de uma linha de financiamento (para os geradores). "Segundo Vianna, porém, não é possível prever os gastos futuros dos geradores com risco hidrológico. (Jornal da Energia – 22.02.2013)