O balanço do BNDES, divulgado anteontem no DOU, traz uma ressalva do auditor independente, a KPMG. O motivo foi a não realização de uma baixa contábil ligada ao investimento do banco na Eletrobras que reduziria o lucro líquido em R$ 2,38 bi. Se o ajuste fosse feito, portanto, o lucro líquido do banco teria sido de R$ 5,8 bi, e não de R$ 8,18 bi, conforme divulgado. A necessidade de realização da baixa apontada pelo auditor decorre da avaliação de que a perda com desvalorização das ações da Eletrobras, que estão na carteira da BNDESPar, é permanente. Com o lucro divulgado de R$ 8,18 bi, e após o pagamento de R$ 12,4 bi em dividendos em 2012, as reservas de lucros do BNDES caíram de R$ 9,26 bi para R$ 5,04 bi em um ano. (Valor Econômico – 27.02.2013)
Quarta, 27 de fevereiro de 2013
BNDES não registra perda de R$ 2,38 bi com Eletrobras
Eletrobras passa integrar novo índice de sustentabilidade da Dow Jones
A Eletrobras foi uma das 15 empresas brasileiras incluídas pela Dow Jones no novo índice de sustentabilidade criado especialmente para países emergentes, o Dow Jones Sustainability Emerging Markets Index. Esse índice vem se juntar aos demais indicadores regionais de sustentabilidade que existem para Europa, América do Norte e Ásia, além do índice global Dow Jones Sustainability World Index, o mais importante do mundo. O novo índice avaliou o desempenho em sustentabilidade das 800 maiores empresas de 20 países emergentes, como Brasil, China, Rússia, África do Sul, Índia e Malásia, e apenas 69 atingiram os requisitos estabelecidos pela Dow Jones. “A conquista, aliada à inclusão, pelo sexto ano consecutivo, no ISE/Bovespa, comprova o empenho das empresas Eletrobras em prol de um futuro sustentável”, comemora a Eletrobras. (Jornal da Energia – 26.02.2013)
Presidente da Chesf nega perda de autonomia da estatal
O presidente da Chesf, João Bosco, afastou a ideia de perda de poderes da estatal e afirmou que a redução nas receitas será significativa apenas neste ano, mas que a perspectiva de futuro da companhia é de recuperação e lucro. Bosco participou de um debate sobre a MP 579, juntamente com o professor Heitor Scalambrini, da UFPE, e o economista Luiz Kerle, que teve início, justamente, com o questionamento de que a empresa estaria perdendo poderes e receita. “Nunca houve qualquer tipo de impedimento na gestão, nem existe qualquer perspectiva nesse sentido. Por isso, essa questão de autonomia não é preocupação na empresa”, declarou. Ele ainda defendeu a MP579, afirmando que tudo que está em seu escopo já estava previsto na legislação e iria acontecer em 2015. Bosco disse que os R$10 bi de indenização que a Chesf receberá do governo em decorrência da MP579 serão destinados aos investimentos e, esses, vão gerar novas fontes de receita, o que garantirá o futuro da estatal. (Jornal da Energia – 26.02.2013)