O presidente da AES Eletropaulo, Britaldo Soares comentou nesta quarta-feira (27/02), durante teleconferência realizada com investidores, que a companhia está confiante de que o governo brasileiro “deve encaminhar uma solução positiva” sobre o problema de fluxo de caixa das distribuidoras, ocasionado pelo pagamento da energia gerada pelo acionamento das termelétricas. “Eu diria que o setor já avançou bastante nos entendimentos com o Ministério e a Aneel”, avaliou o presidente da AES. O executivo da AES Eletropaulo confirmou que, pelo que ele sabe, o formato da solução ainda está sendo definido. “Talvez não seja necessariamente um financiamento”, respondeu. Soares analisa que há a necessidade de uma medida que contemple o aspecto conjuntural, de forma estruturada. “Nossa visão é que o despacho térmico passará a ocorrer de um nível hidrológico mais elevado”, afirmou o executivo, lembrando que com as hidrelétricas operando a fio d’agua, o risco é maior. (Jornal da Energia – 27.02.2013)
Quinta, 28 de fevereiro de 2013
Eletropaulo: Confiante em solução para distribuidoras
Dívida da Eletropaulo excede teto permitido
A possibilidade de que a Eletropaulo ultrapasse pelo segundo trimestre consecutivo seus limites de endividamento ("covenants") preocupa os analistas de investimentos. As ações da companhia derreteram na bolsa, enquanto crescem os temores dos investidores em relação à saúde financeira da distribuidora. Ontem, os papéis fecharam em baixa de 5,9%, a R$ 11,90. Neste ano, as ações já acumulam um tombo de 29%, depois de recuarem 47% em 2012. A distribuidora de energia já estourou seu teto de alavancagem no quarto trimestre de 2012 devido, em parte, às elevadas despesas com a geração de energia pelas termoelétricas. Por contrato, a dívida líquida da companhia só pode corresponder a 3,5 vezes a geração de caixa medida pelo Ebitda. Mas, no quarto trimestre, essa relação já atingiu 4,9 vezes. (Valor Econômico – 28.02.2013)
AES: governo estuda uma solução para rombo da Eletropaulo
Em teleconferência realizada ontem com os analistas, Britaldo Soares, presidente do grupo AES no Brasil, o controlador da Eletropaulo, afirmou que o governo estuda neste momento uma solução para rombo provocado pelo despacho das usinas térmicas no fluxo de caixa das distribuidoras. Essa solução, segundo o executivo, pode conter medidas que "preveniriam" uma quebra dos "covenants" da empresa. Segundo Soares, a solução que está sendo negociada com o governo contempla tanto aspectos "conjunturais" quanto "estruturais". Isso porque o Brasil passará a depender cada vez mais da geração de energia termoelétrica daqui para frente, já que as hidrelétricas estão sendo construídas sem grandes reservatórios de água. (Valor Econômico – 28.02.2013)