Segunda, 4 de março de 2013
Redução de alíquota de importação beneficia setor de geração
Atentas ao movimento do governo, associações se organizam contra a alocação do custo térmico aos geradores
Os rumores sobre como será feito o repasse do custo do despacho térmico fora da ordem de mérito se intensificaram nesta semana, principalmente depois que o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, afirmou ao jornal Valor Econômico, que o governo está trabalhando em formas de “mitigar” esse impacto, que normalmente é pago pelos consumidores livres e cativos. Fontes do setor, que pediram para não ser identificadas, acreditam que o governo está "querendo mexer na formação do PLD", alocando o custo térmico no indicador, que seria pressionado a ficar em patamares mais altos. O problema é que o indicar é utilizado nas negociações de curto prazo, ou seja, na compra e venda de energia feita "à vista", normalmente feita por consumidores livres e geradores, que precisam recorrer ao mercado para fazer frente às suas necessidades de energia elétrica. Portanto, o custo térmico estaria sendo transferido para os geradores e consumidores livres. Atendo a estas movimentações, as associações que representam os geradores (Abrage, Apine, Abiape) pediram uma reunião com o ministro. Antecipando sua posição, as associações recorreram à mídia para publicar, em artigos, sua opinião contrária à alocação dos custos térmicos aos geradores. (Jornal da Energia – 01.03.2013)
Economia no mercado livre cai até 10 p.p., segundo a Energisa
Cálculos recém concluídos pela Energisa mostram que, em geral, seus clientes no mercado livre estão obtendo economias, em média, entre 5 e 10 p.p. menores desde o anúncio da redução das tarifas no ambiente regulado. As contas começaram a ser feitas depois que o governo divulgou, no início do ano, as novas tarifas que serão praticadas pelas distribuidoras e foram concluídas na última semana. A diretora da comercializadora, Alessandra Amaral, explica, no entanto, que o resultado variou muito em função do cliente, da área de concessão e dos contratos firmados. A diretora lembra, ainda, que as tarifas do mercado regulado sofrerão aumentos progressivos, que variam de acordo com a data de reajuste de cada distribuidora. Quando isso ocorrer, a tarifa do cativo volta a ter aumento e o desconto do ACL volta a ficar maior. (EnergiaHoje – 01.03.2013)