O MME aprovou na última segunda-feira (25/03) o Plano Decenal de Energia (PDE 2021). Segundo o documento, que traça um cenário para os próximos dez anos, a expansão da geração de energia elétrica exigirá investimentos da ordem de R$ 269 bi, sendo R$213 para geração e R$56 bi para transmissão. No entanto, grande parte destes investimentos contemplam usinas já autorizadas. O montante a investir em novas usinas, ainda não contratadas ou autorizadas (planejadas) é da ordem de R$117 bi, sendo 57% em hidrelétricas e 42% no conjunto de outras fontes renováveis (PCH + biomassa + eólica). A expectativa é que a capacidade instalada de geração de energia elétrica salte de 116,5 GW (2011) para 182,4GW em 2021. Para transmissão a expectativa é passar dos 101.237 quilômetros para 148.969 quilômetros, um aumento de 47.459 quilômetros, o que equivale a um crescimento de pouco mais de 47%. O Relatório esteve disponível para consulta pública entre os dias 24 de setembro e 31 de outubro de 2012. Para ler o PDE 2021 na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 28.03.2013 e Jornal da Energia – 27.03.2013)
Quinta, 28 de março de 2013
MME aprova Plano Decenal, que prevê R$269 bi para energia elétrica até 2021
Governo vê competitividade para fonte solar no horizonte do PDE 2021
Pela primeira vez, considerando os Planos Decenais de Energia publicados nos últimos anos, a fonte solar parece ter conquistado uma atenção maior por parte do Governo Federal. Segundo o Plano Decenal de Expansão da Energia (PDE) 2021, aprovado nesta semana pelo MME, a geração fotovoltaica poderá torna-se competitiva no horizonte do plano, ou seja, nos próximos dez anos. Segundo o PDE, apesar dos custos da tecnologia ainda serem elevados, eles “têm registrado acentuada queda nos últimos anos, com tendência de continuidade futura, principalmente na geração fotovoltaica”. O PDE 2021 coloca ainda que o avanço da solar “cujo desenvolvimento é desejável”, depende da evolução de sua competitividade perante as demais fontes. O documento destaca a potencialidade que o país tem para aproveitar a tecnologia fotovoltaica. “O território brasileiro tem elevado potencial para a conversão da fonte solar em energia elétrica, com irradiação global média anual entre 1.200 e 2.400 kWh/m²/ano”, descreve o texto. (Jornal da Energia – 27.03.2013)
PDE 2021: Eólica ainda é a fonte que mais cresce
Desde os leilões de 2009, a fonte eólica figura como a opção para geração de energia que mais cresce no país. E o cenário deve continuar positivo para os investidores do setor, de acordo com os dados apresentados no Plano Decenal de Energia (PDE 2021). Para se ter uma ideia, o portfólio de projetos eólicos tecnicamente habilitados pela EPE reúne cerca de 600 empreendimentos, totalizando mais de 16 GW de potência. A maioria deles, 450 usinas, que somariam cerca de 12 GW, estão planejados para a região Nordeste. Já os 4,3 GW restantes, poderiam ser implantados no Sul do país. Segundo o planejamento decenal aprovado pelo MME nesta semana, a participação crescente das eólicas se deu por conta de fatores favoráveis para o Brasil, como “o cenário externo, o desenvolvimento tecnológico e da cadeia produtiva por aqui, além de aspectos regulatórios, tributários e financeiros”, justifica. (Jornal da Energia – 27.03.2013)