Os governos do Brasil e da
Venezuela vêm mantendo tratativas para uma parceria na produção de álcool e
açúcar. As conversas têm sido conduzidas pelo Ministério de Minas e Energia,
pela Casa Civil e pelo Itamaraty. A ideia é que o projeto seja capitaneado pela
Petrobras e pela PDVSA. As negociações envolvem a construção conjunta de usinas
nos dois países, além da instalação de um terminal portuário na Região Nordeste,
voltado à exportação de etanol para a Europa, e outro na Venezuela, de onde o
combustível será distribuído para a América Central e o Caribe. O investimento deve
girar em torno dos US$ 400 milhões. Além de ser impulsionado pelas relações
umbilicais com a Venezuela, o governo brasileiro tem motivações de ordem geoeconômica
para entrar no projeto. A associação dará à Petrobras Biocombustível uma
inserção no mercado latino-americano, mais especificamente na América Central. No
entanto, entre a própria diretoria da Petrobras, não falta quem olhe para a
empreitada com indisfarçável descrédito. A razão é a participação da PDVSA,
sempre uma caixinha de surpresas. A empresa está em baixa na estatal brasileira
por conta dos sucessivos adiamentos dos aportes para a construção da refinaria
Abreu Lima, em Pernambuco. (Relatório Reservado – 13.07.2011)
Quinta, 14 de julho de 2011
Brasil e Venezuela: parceria na produção de álcool e açúcar
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