AIE alerta contra aumento de subsídios a combustíveis fósseis

Os subsídios globais ao consumo de combustíveis fósseis devem alcançar 660 bilhões de dólares em 2020, caso não sejam aprovadas reformas que limitem de forma eficaz essa ajuda estatal, AIE. "Num período de preços energéticos persistentemente altos, os subsídios representam um ônus econômico significativo", diz um trecho da Perspectiva Energética Mundial, um relatório anual a ser divulgado na íntegra no dia 9. A AIE estima que os subsídios aos combustíveis fósseis tenham passado de 312 bilhões de dólares em 2009 para 409 bilhões em 2010. Os derivados do petróleo foram os produtos mais beneficiados, com um montante de 193 bilhões de dólares em 2010; 91 bilhões de dólares foram destinados ao gás natural. Irã e Arábia Saudita foram os países que mais subsidiaram. Líderes do G20 se comprometeram, numa cúpula de 2009 em Pittsburgh, a eliminarem gradualmente em médio prazo os subsídios ao uso de combustíveis fósseis. Eliminar totalmente esses subsídios até 2020 reduziria em 5 por cento a demanda global por energia, e em quase 6 por cento as emissões de carbono nocivas ao clima, segundo o relatório da AIE. (Estado de S. Paulo – 04.10.2011)