O setor de mineração costuma
colecionar passivos ambientais. No final do ciclo, quando a área explorada é
regenerada, a solução dificilmente foge da implantação de lagos ou do plantio
de eucalipto e grama. Para dar modernidade à prática, pesquisadores do
Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) estruturam um projeto inédito que
procura aliar técnicas de bioengenharia de solo ao conceito de serviços
ambientais. O foco é restabelecer a biodiversidade perdida. Por trás da
iniciativa estão a Fapesp e a Vale, que fizeram um acordo de cooperação de até
R$ 40 milhões para pesquisas nas áreas de mineração, energia, ecoeficiência,
biodiversidade e produtos ferrosos para a siderurgia. O projeto dos
pesquisadores do IPT pode resultar em uma patente para o instituto. O trabalho
começará com a escolha de duas áreas onde os modelos de recomposição serão
testados. A ideia do grupo é desenvolver indicadores ambientais e parâmetros de
avaliação do desempenho, e, depois, criar um modelo que possa ser repetido em
outros lugares do país. (Valor
Econômico – 06.12.2011)