Dois importantes órgãos do
setor elétrico – a CCEE e a EPE – se manifestaram contra a suspensão de
contratos de termelétricas atrasadas do Grupo Bertin. A proposta foi levada à
Aneel pela empresa após um acordo com um grupo de distribuidoras que comprou a
produção dessas usinas em leilão promovido pelo governo. Para as
concessionárias, a ideia se tornou atrativa quando a crise econômica derrubou
as projeções de consumo e fez com que houvesse sobra de energia em seus
mercados. Para Maurício Tolmasquim, presidente da EPE, o que está em jogo é “o
respeito aos contratos”, uma vez que a proposta vai contra as leis previstas
pelo novo modelo do setor elétrico. O executivo do governo afirma que, caso
aprovada pela Aneel, a medida “criaria uma brecha”. O temor de Tolmasquim é
que, com o antecedente, mais empresas procurem se salvar de punições por
atrasos, com base em diversos argumentos. (Jornal da Energia – 30.01.2012)