Maia comenta ainda a necessidade de aperfeiçoamento do mecanismo de repasse do Valor de Referência. Segundo ele, a existência de uma oferta menor que a demanda nos leilões de ajuste é um sinal para os geradores de que as distribuidoras certamente estão dispostas a pagar pela energia ao custo do VR. "Eles não vendem abaixo disso. Teve distribuidora que pediu R$ 90 por MWh e não foi atendida", revela. "Talvez, se o leilão fosse padronizado, com contratos curtos e no mesmo submercado, talvez fosse possível a realização de preços fechados, menores do que esses do leilão de ajuste", comenta. A proposta aceleraria uma queda de preço, já que o VR está previsto para cair apenas no futuro, em 2011 ou 2012, com a contabilização, no cálculo do VR, da negociação de energia das usinas do Rio Madeira (RO, 6.450 MW). No entanto, alerta Maia, a oferta para o leilão de ajuste está diretamente associada à expansão da oferta para o mercado livre, pois num cenário de escassez de energia, os clientes livres passam a pagar pela energia preços superiores ao VR, deslocando a oferta que poderia ser direcionada ao mercado cativo - o que não ocorre hoje, mas vinha acontecendo até o início da crise financeira internacional, em setembro do ano passado, e que pode acontecer com uma eventual retomada do ritmo da atividade industrial. "O mercado livre não é obrigado a comprar com antecedência de cinco anos. É um ajuste que precisa ser feito", avalia Maia. (CanalEnergia – 04.06.2009)
Sexta, 5 de junho de 2009
Abradee: aperfeiçoamento do mecanismo de repasse do Valor de Referência
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