A separação dos leilões do setor elétrico em duas etapas, com os projetos sendo licitados primeiro e as obras depois, pode reduzir os riscos da realização desse tipo de empreendimento. A avaliação é dos professores Sidnei Martini, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), e Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel-UFRJ), que realizaram estudo sobre o tema. Martini explicou que a proposta é que o governo faça o leilão dos projetos das hidrelétricas e das linhas de transmissão separadamente da fase de execução das obras. “Na verdade, o espírito foi desacoplar a fase de planejamento e organização da real fase de construção. Isso tem uma vantagem adicional. Como os riscos do empreendimento estariam sendo analisados na primeira fase do leilão, quando se fosse lançar o edital do segundo leilão, tudo o que hoje é considerado risco não o seria mais, porque já estaria quantificado”, disse o professor da Poli. Ele acredita que, dessa forma, o empreendedor teria condições de fazer uma proposta dentro de um cenário de menor risco e poderia oferecer condições mais competitivas, "com ganhos para a sociedade". O especialista explicou que o primeiro leilão seria, assim, voltado à realização do projeto. E o segundo leilão, continua Martini, seria para realizar as obras resultantes desse projeto. (Agência Brasil – 04.06.2009)
Sexta, 5 de junho de 2009
GESEL: separação de leilões do setor elétrico pelas fases de projeto e obra
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