Em matéria publicada no Valor
Econômico, Nivalde de Castro, coordenador do GESEL/UFRJ, analisa a estrutura
tarifária paga pelos consumidores industriais. A tarifa de energia paga pela
indústria no Brasil hoje é 194% maior que há dez anos. O encarecimento, no
entanto, concentrou-se nos primeiros seis anos do período, de 2001 a 2006,
quando as tarifas subiram 163%, porque o setor perdeu o subsídio que mantinha
seus preços mais baixos que os do segmento residencial. De 2006 em diante, o
preço da energia industrial cresceu abaixo da inflação. A estrutura da tarifa
industrial não difere muito da média geral, segundo Castro. A indústria, por
ser consumidora de alta tensão, sente mais o aumento em transmissão, uma
parcela da tarifa cujo custo deve crescer. "Temos que construir cada vez
mais linhas de transmissão, e isso é um fator de aumento de custo", diz.
Além disso, o que mais incomoda os consumidores industriais é o ESS, que cobre
os gastos do despacho de térmicas em períodos de seca para garantir o nível
estabelecido como meta nos reservatórios das hidrelétricas. "Esse encargo
gera mais incerteza para o consumidor, pois varia de acordo com o número de
termelétricas despachadas", diz o coordenador do GESEL. (GESEL-IE-UFRJ –
12.04.2012)
Quinta, 12 de abril de 2012
GESEL: Nivalde de Castro analisa estrutura tarifária paga pelos consumidores industriais
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