O tema central da Rio+20, a
transição da atual economia "marrom" para a "verde" está
longe de ser consenso. Grosso modo, a primeira é o sistema produtivo atual,
poluente e baseado em combustíveis fósseis; a outra preconiza uma baixa emissão
de carbono e um uso mais eficiente dos recursos naturais. Mas países,
organizações sociais e economistas têm visões diferentes sobre o conceito de
economia verde e o funcionamento desse novo sistema na prática. O grande
impasse é como a economia vai se reorganizar para enfrentar questões sociais,
como o combate à pobreza e a redução das desigualdades em um cenário no qual os
limites físicos do planeta ficam mais evidentes. Com 7 bilhões de habitantes
consumindo e aspirando a um padrão de vida mais alto, a capacidade de
recuperação do ambiente, base para qualquer atividade econômica, está cada vez
mais fragilizada. Ao mesmo tempo, o paradigma de sucesso dos países é o
crescimento, trimestre a trimestre, da economia. A ONU propõe uma espécie de
caminho das pedras: um investimento anual de 2% do PIB global em dez
setores-chave da economia, nas próximas décadas, bastaria para dar início à
mudança em direção à economia verde. E ainda ajudaria a gerar milhões de
empregos, na estimativa das Nações Unidas. A proposta está em um relatório
lançado em 2011 pelo, que será o ponto de partida para as discussões na
conferência. (Folha de São Paulo – 05.06.2012)
Terça, 5 de junho de 2012
Cada grupo tem a sua ideia de economia verde
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