Cerca de 200 índios xikrins e
jurunas estão acampados desde o dia 21 nas obras de Belo Monte, na tentativa de
acelerar o cumprimento das condicionantes destinadas a amenizar os efeitos
negativos da usina para as populações indígenas afetadas. De acordo com a
colaboradora do movimento, Rafaela Ngrenhdjan Xikrin, não há ligação entre esta
ocupação e a ocorrida durante o encontro Xingu+23, iniciado no último dia 13 em
Altamira. “Nosso movimento é contrário a ações como as dos mundurukus, até
porque eles não são daqui e não serão afetados pela obra”, disse Rafaela
Xikrin. O Consórcio CCBM informou que a primeira ocupação resultou na
depredação de 35 salas. Pelo menos 50 computadores foram quebrados, notebooks e
rádiocomunicadores foram furtados e dezenas de aparelhos de ar condicionado
foram danificados. A estimativa, segundo o consórcio, é um prejuízo superior a
R$ 500 mil. A organização do movimento responsável pela ocupação atual está
aguardando, para os próximos dias, a chegada de outros 100 índios das etnias
Paracanã e Xipaia para reforçar a manifestação nas obras da usina. Entre as
reivindicações apresentadas pelos Xikrin e Juruna acampados está a implantação
do PBA, destinado a estabelecer e efetivar os programas de compensação e
mitigação dos impactos já sentidos na região pelos índios. (Agência Brasil –
26.06.2012)
Terça, 26 de junho de 2012
Índios querem que Belo Monte cumpra condições para amenizar efeitos negativos da usina
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