Embora o total de impostos recolhidos no Brasil tenha chegado a um nível comparável ao de países desenvolvidos, o governo dispõe efetivamente de menos da metade da receita para investir em serviços e bens públicos, diz um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Em relação aos dados de 2008, quando a carga tributária bruta atingiu 35,8% do PIB, o instituto calcula que a carga líquida - o que realmente sobra para as ações do governo - ficou em apenas 14,85% do PIB. Para apurar o valor da carga líquida, o Ipea subtraiu do recolhimento bruto os recursos que compõem "transferências públicas e subsídios ao setor privado", os quais são "prontamente devolvidos para a sociedade". Em 2008, tais transferências equivaleram a 15,3% do PIB, segundo o estudo. A maior parte desse bolo é a conta previdenciária do setor privado (6,9% do PIB) e do setor público (aposentadorias do funcionalismo, equivalentes a 4,7% do PIB). O restante são benefícios a idosos e deficientes (Loas, 0,55% do PIB); bolsa família (0,88%); abono salarial (0,73%) e saques do FGTS (1,51% do PIB). (Valor Econômico – 08.07.2009)
Quarta, 8 de julho de 2009
Governo fica com pouco para investir, diz Ipea
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