Enquanto o BNDES não flexibilizar as regras de financiamento para empreendimentos de geração, vai ser difícil a construção de usinas voltadas unicamente para o mercado livre. Segundo especialistas consultados pelo Energia Hoje, a exigência de um PPA (contrato de venda) de 20 anos como garantia para liberação de recursos torna complicada a negociação dessa energia exclusivamente no ambiente livre, onde os contratos têm, geralmente, prazos mais curtos. "Existem muitos empreendedores com projetos no regulado, mas que prefeririam estar alocados no livre, só que no ACR os mecanismos de financiamento são mais simples", explica o vice-presidente do Santander, Eduardo Klepacz. Ele lembra que a oferta 28 vezes maior do que a demanda no último leilão A-5, em dezembro, mostra que existem bons projetos que podem demorar a sair do papel se forem depender exclusivamente do mercado regulado. O presidente da Triton Energia, Sevan Naves, especialista em PCH, também confirma que a exigência de um longo PPA limita a participação das pequenas centrais no ambiente de contratação livre, mesmo com os descontos que a planta recebe por ser considerada ‘verde’. Uma solução para quem deseja vender exclusivamente no mercado livre é fazer o que Klepacz chama de PPA de sustentação: um contrato de comercialização de energia de longo prazo, mas com uma tarifa que será reavaliada nos primeiros quatro anos, por exemplo, e com sinal decrescente. Desta forma ele acredita que o gerador pode encontrar clientes interessados mesmo no ambiente livre. (EnergiaHoje – 01.02.2013)
Segunda, 4 de fevereiro de 2013
Rigor no financiamento trava expansão de geração para o mercado livre
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