A tensão entre os milhares de trabalhadores de Belo Monte e o consórcio responsável pela construção da hidrelétrica chegou a um nível crítico. O novo ponto de conflito entre os 18 mil funcionários que trabalham atualmente nas margens do rio Xingu, no Pará, e o Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM), liderado pela empreiteira Andrade Gutierrez, tem origem nas horas extras que são pagas atualmente aos funcionários, por conta do tempo que eles gastam no deslocamento entre suas casas, em Altamira (PA), até os canteiros de obra da usina. Cada trabalhador gasta entre duas e três horas, diariamente, nesse trajeto. O CCBM paga por esse tempo em trânsito, uma conta chamada de "hora itinerário". Ocorre que, com a conclusão próxima de milhares de alojamentos dentro dos canteiros da usina, essa hora extra deixa de existir. O impacto no bolso é significativo. O consórcio não comenta o assunto, mas estimativas apontam que, em média, o custo mensal da "hora itinerário" tem sido de aproximadamente R$ 3,5 milhões para o consórcio. Sindicalistas e empresas já discutiram o assunto na semana passada. As negociações prometem ser duras. (Valor Econômico 11.03.2013)
Segunda, 11 de março de 2013
Tensão volta a crescer em Belo Monte
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