As atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) brasileiras são defasadas, pouco estruturadas, e fora de foco de disputa, aponta nota técnica divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O cenário é resultado da estagnação brasileira na área de ciência e tecnologia(C&T). Países de alto potencial econômico são líderes na área, mas o padrão C&T nacional tem pouca sintonia com o mundial, com destaque para China e Coréia, países emergentes no setor. O instituto diz ainda que apenas em 2003 o Brasil aderiu a inovação tecnológica automática, sem burocracias com incentivo fiscal semelhante à dos principais países,subsidiou pesquisadores em empresas e possibilitou a subvenção de projetos importantes para o desenvolvimento tecnológico. Nas empresas brasileiras, o financiamento à P&D - instrumento universalmente utilizado no desenvolvimento tecnológico-, aumenta a produtividade e crescimento das companhias, como mostram os financiamentos realizados pela Finep entre 1996 e 2005. No entanto, no Brasil mais de 95% dos gastos em P&D das empresas são realizados com recursos próprios ou privados. Os fundos públicos participam com menos de 5% dos gastos em P&D das empresas. Nos países desenvolvidos o financiamento público é especialmente mais relevante e os fundos públicos participam com percentuais que chegam a 50%. A área de energia é uma das grandes fontes de projetos de P&D no país, mas há consenso no setor que falta foco aos projetos desenvolvidos por meio dos recursos obrigatórios que as empresas aplicam no segmento. (BrasilEnergia – 17.07.2009)
Segunda, 20 de julho de 2009
Ipea: P&D defasado no Brasil
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