O jornal Valor Econômico apurou que uma das hipóteses cogitadas pelo Ministério de Minas e Energia é levar a Lula a ideia de propor a Lugo a criação de um "grupo de trabalho bilateral" para avaliar tecnicamente o assunto. Na prática, seria uma forma de ganhar tempo nas negociações, embora outros observadores considerem pouco provável que Lugo aceite apenas um aceno brasileiro. Hoje, no governo, prevalece a posição conciliadora de Amorim. Se um acordo geral for fechado com o Paraguai para a venda da energia excedente no mercado livre, faltará ainda definir o volume a ser liberado. O país vizinho, partindo de uma interpretação mais flexível do tratado, deseja vender no Brasil, sem passar pela Eletrobrás, tudo o que não consome internamente. De toda a eletricidade gerada por Itaipu, cada país tem direito a metade, mas o Paraguai só consome cerca de 5% da sua fatia. Quer, idealmente, vender quase 6 mil MW no mercado livre brasileiro - quase o equivalente às hidrelétricas do rio Madeira. Outras hipóteses, bem mais restritivas, são de permitir ao Paraguai a venda no mercado livre da energia excedente de Itaipu (além do mínimo garantido por contrato e gerado apenas quando o reservatório da usina está cheio) ou da energia proveniente de outras usinas paraguaias. (Valor Econômico – 21.07.2009)
Terça, 21 de julho de 2009
Itaipu: MME quer grupo de trabalho bilateral
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