Considerando a conjuntura atual, o Paraguai deve conseguir vender sua energia de Itaipu a um preço mais alto no mercado livre brasileiro do que é pago hoje pela Eletrobrás (US$ 45 ou R$ 86 ao câmbio de hoje). Segundo analistas, porém, o país ficará mais exposto a riscos e não há garantias de que o valor a ser obtido no longo prazo seja vantajoso. A energia vendida no mercado livre varia conforme a lei de oferta e demanda. De 2002 a 2005, devido à grande disponibilidade de energia resultante das sobras do racionamento, os contratos no mercado livre eram fechados com um preço médio de R$ 90 o MWh, valor muito próximo ao encontrado hoje no mercado cativo. De 2005 para cá, o preço sofreu uma valorização e se estabilizou num nível de R$ 130 MWh este ano. Em 2008, quando a economia brasileira crescia e as chuvas foram fracas, as geradoras chegaram a oferecer contratos a R$ 200 MWh, período em que poucos contratos de longo prazo foram fechados. "O Paraguai não terá necessariamente vantagem nessa mudança. Hoje o preço no mercado livre caiu porque as empresas, por conta da queda de produção, estão precisando de menos energia. Quando a parte paraguaia de Itaipu entrar nesse mercado, o preço deve cair ainda mais, o que pode deixar o preço muito próximo ao que o país recebe hoje da Eletrobrás", diz Adriano Pires, diretor do CBIE. (Valor Econômico - 22.07.2009)
Quarta, 22 de julho de 2009
Itaipu: Paraguai não terá necessariamente vantagem nessa mudança, diz Adriano Pires
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