O governo paraguaio faz um "balanço positivo" das negociações com o Brasil sobre Itaipu, mas insiste nos seis pontos reivindicados ao governo brasileiro, entre eles o "preço justo" pela energia da hidrelétrica, reagiu ontem o presidente do Paraguai, Fernando Lugo. Qualquer "versão oficial" sobre o assunto antes do encontro entre ele e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria "apressada", comentou. O Paraguai quer triplicar o valor que o Brasil paga pela energia de Itaipu não usada pelo mercado paraguaio. Hoje, esse valor soma US$ 120 milhões ao ano, e o Brasil já aceitou duplicar a quantia, para US$ 240 milhões. Lugo determinou ao ministro da Fazenda do Paraguai, Dionicio Borda, que recusasse a oferta brasileira de financiamento do BNDES para a construção de uma linha de transmissão da hidrelétrica de Itaipu até Assunção - hoje sujeita a apagões, pela precariedade das linhas existentes. Borda informou que foram concluídos os estudos técnicos para a linha, de 345 quilômetros para transporte de 500 KW, e que espera concluir o acordo de financiamento até fevereiro, com apoio do Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento e Banco Europeu de Investimentos - em condições consideradas melhores que as do BNDES. (Valor Econômico - 22.07.2009)
Quarta, 22 de julho de 2009
Governo Lugo acha negociação positiva, mas insiste em receber o que acha "justo"
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