A questão dos excedentes será básica para a construção do modelo ideal de comercialização, caso o governo aceite a proposta de negociação da energia paraguaia no mercado livre, avaliam os especialistas. Um dos pontos é saber se o excedente é a energia não utilizada pelo Paraguai e que hoje está contratada por algumas distribuidoras do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, ou se refere a energia produzida que extrapola a energia assegurada. De acordo com Ricardo Lima, presidente da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (ABRACE), caso seja vendida a energia assegurada, o Paraguai poderá fechar contratos de longo prazo com os consumidores livres, mas se for apenas a energia além da assegurada, os contratos só poderão ser realizados no curto prazo. O executivo considera ainda que se for disponibilizada toda a energia assegurada excedente que cabe ao Paraguai, estimada em cerca de 3 mil MWmed, o mercado livre tem condições de absorvê-la, caso essa liberação seja feita de forma gradual, como vem sendo anunciado. "Não vai ser tudo descontratado de uma vez, porque você não pode tirar essa quantidade de energia das distribuidoras de uma hora para outra. Mas se o país voltar a crescer, o mercado livre tem condições de absorver essa energia, até porque não tem oferta de energia nova para ele há muito tempo", analisou. (CanalEnergia – 22.07.2009)
Quinta, 23 de julho de 2009
ABRACE: questão dos excedentes
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