O professor da Universidade de São Paulo José Goldemberg concorda com Nivalde de Castro. "Ao tentar ajudar o Paraguai, o governo corre o risco de sair às pressas para realizar novos leilões para segurar as pontas. Mais uma vez, a história se repete", afirma ele, referindo-se às concessões do Brasil à Bolívia no mercado de gás natural. A crítica é repetida pelo diretor da Câmara Brasileira de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires. Na avaliação dele, as concessões do Brasil para o Paraguai são mais uma tentativa de se firmar como líder da América Latina. "Para isso, é preciso posar de país rico que precisa ajudar aos pobres." Para o executivo, ao contrário do que o Paraguai possa imaginar, os negócios no mercado livre de energia nem sempre são vantajosos, já que os preços sofrem grandes oscilações. "Não duvido nada que quando o preço estiver baixo, eles batam a nossa porta para, mais uma vez, renegociar o contrato." Outro aspecto importante, completa ele, é o risco embutido nos contratos que poderão ser firmados entre o Paraguai e o consumidor livre. "Muitos não vão querer comprar essa energia com medo de o contrato não ser cumprido." (O Estado de São Paulo – 24.07.2009)
Sexta, 24 de julho de 2009
José Goldemberg e Adriano Pires também criticam acordo com Paraguai
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