A usina de Itaipu não existiria se não fosse pela capacidade do Brasil para contratar os financiamentos que permitiram a obra. Sem as águas que fazem parte do patrimônio paraguaio também não haveria hidrelétrica. O Brasil resolveu velhas disputas de fronteira com a usina, e se beneficiou enormemente da geração barata de energia proporcionada por ela. O que mais pesou, porém, para o acordo firmado na semana passada entre os presidentes Lula e Fernando Lugo sobre o uso da energia de Itaipu foi o raciocínio político. Nada a ver com águas passadas. Existem ponderações técnicas e econômicas contrárias e em favor do acordo. Em contrário, está o custo que representará para o Brasil o aumento do preço da energia vendida ao mercado brasileiro pelo Paraguai, vizinho que sempre se beneficiou com a renda de uma usina que não lhe custou nada e foi construída sem riscos para o país. Quem defende maior liberdade e preço ao Paraguai na venda da energia lembra que os produtores de petróleo não são questionados em seu direito de cobrar o máximo por seus recursos naturais, ainda que investimentos em pesquisa e exploração tenham sido de empresas privadas. Os países entram "só" com o petróleo e cobram caro por ele. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 27.07.2009)
Segunda, 27 de julho de 2009
Artigo de Sergio Leo: "A energia que é do Paraguai"
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