O Programa Nuclear Brasileiro, mais especificamente a construção de Angra 3 (1.350 MW), vem sendo forte tema de debate desde o 1º trimestre do ano. A expectativa é que já em fins de 2014 a construção de Angra 3 se conclua. Para isso, alguns entraves e obstáculos se colocam. Primeiramente, quanto à questão ambiental, apesar da licença pelo uso do solo já ter sido resolvida entre Eletronuclear e a prefeitura de Angra dos Reis, segue a indefinição quanto ao local dos depósitos de longo prazo para o combustível da usina. Questões de auditagem também representam barreiras ao projeto, visto a exigência do TCU de que a Eletronuclear diminua em cerca de R$ 120 milhões seu contrato com empreiteira Andrade Gutierrez para que as obras sejam retomadas. Outro ponto importante é quanto a necessidade de capacitação profissional para o setor nuclear. A mão-de-obra atual garante a construção eficiente e segura da usina Angra 3, mas para os projetos de usinas futuras a disponibilidade de pessoal qualificado está comprometida. Por fim, uma boa notícia: através da exploração da jazida de Itataia (Santa Quitéria - CE) a partir de 2012, a produção brasileira de concentrado de urânio irá quadruplicar, permitindo que a demanda das novas usinas a serem construídas seja atendida. (GESEL-IE-UFRJ – 29.07.2009)
Quarta, 29 de julho de 2009
Entraves do Programa Nuclear Brasileiro
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