O bispo do Xingu, dom Erwin Krautler, enviou na semana passada mensagem ao presidente do Ibama, Roberto Messias Franco, criticando a falta de diálogo do governo com a população da região. A manifestação do representante da Igreja Católica faz coro com declaração conjunta de lideranças indígenas, sindicato de trabalhadores rurais e procuradores federais, que enviaram carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em agosto, questionando a obra. Os caiapós da região, liderados pelo cacique Raoni Metuktire, convocam manifestação contra a construção de Belo Monte a partir de amanhã. Eles cobram a presença de ministros e ameaçam fechar a balsa que faz a travessia do rio Xingu na rodovia MT-322, que liga Matupá e São José do Xingu, em Mato Grosso. Dom Erwin, disse que o governo atuou como "rolo compressor" nas audiências. "Há consequências imprevisíveis e irreversíveis com a obra." O bispo discorda do parecer da Funai sobre a hidrelétrica. A Funai exige apenas estudos ou informações complementares sobre a bacia hidrológica do rio Bacajá, os índios citadinos, a situação das madeireiras e a vazão reduzida do rio. (Valor Econômico - 27.10.2009)
Terça, 27 de outubro de 2009
Belo Monte: Igreja, lideranças indígenas, sindicatos e procuradores questionam obras
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