O governo esvaziou a audiência pública promovida pelo Ministério Público Federal para debater os impactos socioambientais do projeto da hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. Não foi enviado para o debate nenhum representante dos órgãos de governo mais diretamente relacionados à obra como o Ibama, que está licenciando o projeto, nem da Eletrobrás, responsável pelo estudo de impacto ambiental, e nem do MME ou da Funai. A ausência de autoridades relacionadas diretamente à obra incomodou os procuradores. A vice-procuradora geral da República, Deborah Duprat, disse que, "se não é possível conversar, o caminho que nos resta é o judicial". Na mesma linha, o procurador da República no Pará, Ubiratan Cazetta, disse que a não-participação da Eletrobrás, do Ibama e de outros órgãos importantes na audiência faz parte de uma estratégia do governo, segundo ele, "de esconder informações". "Falta vontade de dialogar", disse. Segundo ele, dependendo de como for feito o licenciamento da usina, de 11,2 mil megawatts, o Ministério Público poderá entrar com novas ações para suspender o projeto. (O Estado de São Paulo – 01.12.2009)
Quarta, 2 de dezembro de 2009
Audiência pública sobre usina Belo Monte é esvaziada
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