O aumento de 1,3% do PIB no terceiro trimestre do ano, frente ao segundo trimestre (série dessazonalizada), aponta para uma retomada consistente da economia, mesmo tendo registrado variação aquém do esperado. Vulto menor não significa menor consistência: embora frustrante para o próprio governo, os investimentos e a indústria estão mostrando fôlego. Resumindo: o citado incremento de 1,3% do produto agregado teve como destaque a expansão de 6,5% da formação bruta de capital fixo, pelo lado da demanda, e crescimento de 2,9% na indústria; No contraponto com o mesmo trimestre de 2008, o PIB recuou 1,2%, devendo-se assinalar, porém, que, embora negativa, a taxa tem melhorado; Nessa mesma base de comparação, a indústria retrocedeu 6,9%, enquanto os investimentos fixos declinaram 12,5%, asseverando o forte impacto da crise e que as taxas positivas trimestre a trimestre ainda não lograram o retorno ao patamar pré-crise; No acumulado do ano, a economia declinou 1,7% também acusando melhora ante as taxas experimentadas nos dois trimestres anteriores; Já ao se comparar o acumulado dos quatro trimestres encerrados em setembro com ao mesmo acumulado anterior, o PIB recuou 1,0%, sendo a quarta vez consecutiva em que essa taxa recua, além de ser a primeira taxa negativa desde o terceiro trimestre de 1999, quando declinara 0,8%. Com o crescimento menor do que o aguardado, porém com o investimento sendo destaque positivo, permite questionar a manutenção da taxa de juros básica da economia por parte das autoridades monetárias na presente semana. (IEDI – 11.12.2009)
Segunda, 14 de dezembro de 2009
IEDI: indústria e investimento puxando a expansão
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