No acumulado de 2009, a economia brasileira encolheu 0,2%, puxada para baixo pela retração de 9,9% do investimento e de 5,5% da indústria. O consumo das famílias serviu como um amortecedor importante para a atividade no ano. Para 2010, as apostas se concentram em uma alta entre 5,5% e 6%, tarefa facilitada pelo forte ritmo de crescimento do fim do ano passado. Pelos dados do IBGE, se a economia não crescer nada em relação ao nível do fim de 2009, o PIB terá alta de 2,7%. No terceiro trimestre de 2009, o consumo das famílias chegou a apontar um ritmo explosivo - cresceu 2,4% em relação ao segundo trimestre, um número que indicava uma taxa de 10% ao ano, se fosse projetada para 12 meses. Com a alta mais modesta do quarto trimestre, a taxa anual recuou para 8,2%. A melhor notícia do PIB no quarto trimestre, porém, foi o crescimento de 6,6% do investimento, confirmando a aposta firme das empresas na expansão da capacidade produtiva. O PIB total do quarto trimestre teve alta de 2% em relação ao trimestre anterior. (Valor Econômico – 12.03.2010)