O governo, a mando da presidente Dilma Rousseff, vai usar a rede de transmissão elétrica para suprir a carência de gasodutos no País e tornar viável a utilização do gás produzido em terra no Brasil, hoje uma fonte de energia pouco competitiva e com potencial desperdiçado. A ideia, encampada pela Petrobras, é transformar o gás em energia elétrica ao lado do poço de produção, usando posteriormente a rede de linhas de transmissão para escoá-la. A estratégia replicaria a nova e bem-sucedida experiência da OGX/MPX no Maranhão. A diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, revelou que a agência vai mapear as linhas de transmissão do País e apresentar o estudo ao mercado antes do leilão de áreas voltadas à exploração de gás em terra, em outubro. Gasodutos são investimentos caros, viáveis para grandes volumes. Já as térmicas podem servir à produção em menor escala, abrindo espaço para que depois seja expandida. "Foi uma ideia da presidente Dilma", destacou. (O Estado de S. Paulo – 15.04.2013)
Terça, 16 de abril de 2013
Governo usará rede elétrica para suprir gasodutos
Gás de xisto prestes a começar a ser explorado no Brasil
A ANP marcou para os dias 30 e 31 de outubro o primeiro leilão de blocos de gás --normalmente, eles estão incluídos nos leilões para exploração de petróleo. Segundo a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, as reservas de gás em terra podem ultrapassar as do pré-sal. Projeções da ANP indicam potencial de reservas de 500 TFC (trilhões de pés cúbicos), o dobro dos 226 TFCs conhecidos até hoje. Entre as áreas ofertadas há algumas com potencial para extração de gás não convencional, que não está livre nos reservatórios subterrâneos, como o gás comum. Para extraí-lo é preciso "explodir" as rochas, injetando no subsolo grandes quantidades de água, areia e produtos químicos. Esse método gera questionamentos sobre os seus impactos ambientais. A descoberta de grandes reservas nos EUA levou a uma queda significativa no preço do insumo, atraindo a instalação de novas indústrias. (Folha de São Paulo – 16.04.2013)
Reservas de gás não convencional podem ser maiores que pré-sal
A diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, afirmou hoje que as reservas brasileiras de gás não convencional podem ser maior do que as do pré-sal. Ela, porém, ressaltou que não há estudo sobre o assunto e a estimativa foi baseada apenas em um exercício feito pela autarquia. “Não estou afirmando nada, é apenas um exercício”, reforçou. O exercício considerou 30 toneladas de pés cúbico de gás (tcf) para 1.196 km cúbicos de rocha. Também prevê potenciais 64 tcf na bacia do Parnaíba, 124 tcf na bacia do Parecis, 20 tcf no Recôncavo, 80 tcf na bacia do São Francisco e 226 tcf na Bacia do Paraná. Para esta última bacia, o dado foi fornecido pela Energy Information Administration (EIA), departamento de energia do governo dos Estados Unidos. A executiva também disse que a autarquia incentivará investidores a instalarem termelétricas para aproveitar descobertas de gás natural na 12ª Rodada, no segundo semestre. (Valor Online – 15.04.2013)