O Brasil precisa contratar pelo menos 2GW de capacidade instalada de energia eólica este ano para que o parque industrial recém formado não seja pressionado em função da baixa demanda. De acordo com a Abeeólica, a falta de leilões no ano passado e a falta de sinalização do governo em manter uma política de longo prazo, como a realizada até 2011, pode levar a uma redução do número de fabricantes de equipamentos no Brasil que podem deixar o país. Na opinião da presidente executiva da Abeeólica, Elbia Melo, este ano será importante para os fabricantes definirem sua permanência por aqui. Segundo ela, um indicador fundamento é o quanto de capacidade de geração eólica o país contratará no próximo leilão e o quanto o mercado brasileiro se mostrar atrativo para investimentos, pois aportes deverão ser feitos para cumprir as novas regras para o Finame pelo BNDES. Segundo ela, grandes fabricantes relataram que se 2013 se mostrar como 2012 não será interessante manter operações no país. (Agência CanalEnergia – 15.04.2013)
Terça, 16 de abril de 2013
Brasil precisa contratar 2 GW de capacidade este ano, diz Abeeólica
Abeeólica: restrição para eólicas pode reduzir oferta
A oferta de usinas eólicas deverá ser significativamente menor nos leilões de energia em 2013. O motivo é a decisão do governo federal de não permitir a participação dos projetos que dependem da construção de sistemas de transmissão para escoar a energia. "No ano passado, tínhamos uma oferta de 14 mil MW em novos projetos. Com essa restrição, esse volume pode cair para algo em torno de 2 mil MW", disse a presidente executiva da Abeeólica, Elbia Melo, durante o lançamento do Boletim Anual de Geração Eólica - 2012, nesta segunda-feira, 15. Segundo a executiva, existe a sinalização do governo de que essa regra pode ser flexibilizada, desde que o próprio gerador se comprometa a realizar o investimento para a conexão da usina à rede elétrica. (O Estado de S. Paulo – 15.04.2013)
Abeeólica espera reserva de demanda em leilão de energia
O governo federal deve reservar parte da demanda dos leilões de energia nova para as térmicas. Essa é a informação que os investidores de energia eólica trabalham para as licitações deste ano. "Acreditamos que o governo está no caminho certo ao promover a diversificação da matriz, mas ainda não sabemos como isso será feito", afirmou a presidente executiva da Abeeólica, Elbia Melo. A fala da executiva transparece o tom de apreensão dos investidores sobre o nível de contratação da fonte eólica este ano. Com os problemas enfrentados pelo setor elétrico no começo de 2013 por atraso das chuvas e baixo nível dos reservatórios, o governo federal adotou o discurso de retomar a contratação das térmicas nos leilões de energia deste ano. O temor dos investidores em eólica é que o governo opte por contratar um grande volume de térmicas a carvão e a gás natural por razões de segurança, deixando um pequeno volume para as eólicas. (O Estado de S. Paulo – 15.04.2013)